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8º BISPO
Dom Frei Luiz Flávio Cappio (1946-) – Lema: Que todos tenham vida
Foi o 8º bispo da Diocese de Barra. Natural de Guaratinguetá/São Paulo. Em 1974 deixou São Paulo e embrenhou-se no seguimento para o sertão da Bahia.
Chegou à cidade de Barra no dia 20 de maio de 1974 e aqui foi acolhido pelo bispo, Dom Tiago.
Durante 23 anos alimentou uma fé inquebrantável, na vida orante no eremitério que ele mesmo construiu, primeiro às margens do Rio Grande e a partir de 1980 em Nazaré, região de Gentio do Ouro.
Enfrentou muitas lutas fundiárias contra os grileiros que invadiam as terras dos posseiros.
Constatou ao longo desses anos o quanto o Rio São Francisco é VIDA para o povo, vida para os pobres e desde então entregou-se à luta na defesa e sobrevivência do Rio. Nesse intuito, em 1992 realizou uma Peregrinação Ecológica da nascente à foz do Rio São Francisco.
Tomou posse como Bispo em 3 de agosto de 1997.
Sua prioridade foi o fortalecimento das Comunidades Eclesiais de Base, pois vê nelas o meio mais eficaz para acolher e cuidar de todos para que tenham vida em abundância!
Investiu na formação do Clero Diocesano e dos agentes leigos em todos os níveis. Construiu o Centro de Formação Dom Muniz para encontros e capacitações e o Seminário maior São Francisco das Chagas em Feira de Santana, para a formação dos futuros sacerdotes da Diocese. Apoiou a criação da Escola de Formação Missionária diocesana. Estimulou os Círculos Bíblicos. Preparou material de formação adaptado ao povo.
Ao longo do seu Episcopado criou 4 paróquias e 3 quase-paróquias. Dando seguimento aos antecessores, foi estruturando as paróquias com a construção de novas igrejas matrizes (Buritirama, Itaguaçu, Muquem), reforma e melhorias nas já existentes. Construiu casas paroquiais simples mas confortáveis aonde não havia e cuidou da melhoria de outras. Organizou o Arquivo Diocesano com documentação de toda a vida diocesana desde a sua criação!
Estimulou a vida cultural na Barra apoiando inúmeras iniciativas: o Coral Santana, as Associações de Pescadores, de Mulheres, de Artesãos. A Biblioteca Diocesana informatizada e adaptada para o atendimento às pessoas com necessidades especiais. A Rádio Comunitária Grande Rio FM, com a sua palavra diária no programa Momento de Paz. A Escola Menino Jesus para crianças e jovens portadoras de necessidades, sem dúvida foi a menina de seus olhos.
As Santas Missões Populares se tornaram um compromisso diocesano anual, a cada ano em uma Paróquia. E o Bispo visita todas as Comunidades nessa ocasião.
Realizou dois jejuns proféticos: o primeiro em 2005 em Cabrobó, PE e o segundo em 2007 em Sobradinho, BA.
Por essa sua luta, recebeu o premio da Pax Cristi da Bélgica e também o premio Cidadão do Mundo, da Fundação Kant na Alemanha, em 2010. Com este premio construiu o Memorial dos Mártires, em Pintada – Ipupiara/BA.
Ficou 26 anos como Bispo de Barra.
1º BISPO
Dom Augusto Álvaro da Silva
Criada a Diocese em 1913, somente em 1915 o primeiro bispo tomou posse na Diocese de Barra: Dom Augusto Álvaro da Silva, o muito conhecido Cardeal da Silva.
Pernambucano, de família privilegiada, possuía uma personalidade forte e marcante.
Dom Augusto “fez a fé na Barra”. Grande orador. Fundou diversas associações religiosas.
Tornaram-se famosas suas visitas pastorais pela Diocese que, na época, se estendia de Pernambuco a Minas Gerais: era duas vezes o tamanho do Estado de Sergipe. Como transporte usava o vapor, a barca, o burro e até a frágil balsa de buriti.
Promovia missões na sede e pelos interiores da Diocese.
Dom Augusto trouxe para a Diocese as Irmãs do Bom Pastor e com elas fundou o colégio Santa Eufrásia em 1920. Fundou também o seminário e colégio Diocesano em Juazeiro. Criou o jornal “Folha da Barra”.
Em 1924, após 9 anos à frente da diocese, despediu-se de Barra para assumir a Arquidiocese de Salvador, onde foi Cardeal e Primaz do Brasil.
7º BISPO
Dom Itamar Navildo Vian – Lema “Somos todos irmãos”
Foi o 7º bispo da Diocese da Barra, também pertencente à Ordem dos Frades Capuchinhos.
Visitou toda a diocese com os meios de transportes disponíveis em sua época.
Profundamente preocupado com a formação de cristãos leigos para animar as Comunidades, transferiu para uma sede própria o Colégio Cristo Rei e transformou o Palácio do Bispo em Centro Diocesano de Formação, promovendo os mais variados cursos e encontros: catequese, lideranças de entidades, juventude, parteiras, líderes de comunidades, saúde e outros.
Quando assumiu a Diocese de Barra deu grande apoio às Congregações
Conduziu o conjunto da diocese a dar prioridade a formação e ao fortalecimento das Comunidades Eclesiais de Base, dando atenção especial à pastoral da Juventude, Catequese e Pastoral Social. Assumiu com firmeza a luta pela Reforma Agrária.
O ideal de seu lema ressoou nos quatro cantos da Diocese, despertando atitudes heroicas nos sacerdotes, nas religiosas e nos cristãos leigos. Estimulava as alternativas de vida como hortas comunitárias, criação de abelhas, medicina caseira e plantas medicinais.
Dom Itamar usou todos os meios de comunicação disponíveis, embora precários no sertão.
Criou o “Chão da Barra”, instrumento de integração diocesana.
Criou na cidade de Barra uma biblioteca com mais de dez mil volumes e incentivou a criação de bibliotecas em todos os municípios da Diocese. Regularizou os bens e as propriedades da Diocese.
Mostrou-se aberto ao diálogo com as autoridades dos onze municípios da Diocese. Demonstrou ser Pastor e irmão de todos. Sua palavra sempre foi de Esperança.
Em 1995 foi transferido para a Diocese de Feira de Santana, onde foi o Arcebispo até 2017.
6º BISPO
Dom Orlando Octacilio Dotti
Membro da Ordem dos Frades Capuchinhos, assumiu a Diocese de Barra em 1976.
Foi um bispo profundamente humano. Sempre acolheu a todos com satisfação e muita fidalguia.
Como pastor, Dom Orlando deu continuidade à pastoral renovadora de Dom Tiago. Valorizou muito os vários Conselhos Diocesanos e reconheceu a autonomia de atuação pastoral de cada vigário em sua paróquia. Estimulou a formação de agentes de pastoral, proporcionando os mais variados tipos de cursos, principalmente no campo da catequese. Valorizou as comunidades e participava com alegria dos encontros de lavradores, pescadores, lavadeiras e dirigentes de comunidades.
Assumiu e lutou com firmeza ao lado dos posseiros contra os grileiros na região. Dom Orlando teve a coragem de organizar junto aos lavradores e posseiros uma reforma agrária em terras pouco aproveitadas, pertencente à Diocese. Realizou assim o desejo do Concílio Vaticano II de uma Igreja mais pobre e mais despojada.
Participou da Conferencia dos Bispos da América Latina, em Puebla (México, 1979) e colocou a Diocese em ritmo de Puebla, enfatizando a “opção preferencial pelos pobres” na organização da pastoral diocesana.
Foi além dos limites diocesanos, atuando nas conferencias dos Bispos do Brasil e da América Latina.
Equipou as paróquias de uma infraestrutura básica de trabalho: adquiriu várias casas paroquiais para religiosas, centros comunitários, veículos e instrumentos. Construiu a chácara diocesana para ser residência dos bispos de Barra.
Criou a Diocese de Barreiras em 1979 e ajudou a criar a Diocese de Irecê. Reestruturou o Serviço Social da Diocese. Em 1983 foi transferido para a Diocese de Vacaria, no Rio Grande do Sul.
5º BISPO
Dom Tiago Gerardus Cloin
Holandês de nascimento, naturalizado brasileiro, também era da Congregação Redentorista. Foi o 5º bispo da Diocese de Barra, de 1967 a 1976. Antes ocupou o cargo de Secretário da Conferencia dos Religiosos do Brasil.
Ainda em seu país, em plena 2ª guerra mundial, sofreu muito com a ocupação nazista e guardou marcas de sua prisão num dos campos de concentração.
Simples e acolhedor como ninguém, sabia receber as pessoas e deixá-las à vontade, sempre animando-as na esperança.
Profundo estudioso era apaixonado pela teologia e pela musica clássica. Tornou-se mais conhecido fora, mesmo no exterior do que na sua diocese.
Extremamente ordeiro e pontual, era quase escrupuloso na prestação de contas de seus trabalhos. Tornaram-se famosos os seus lembretes nas reuniões diocesanas.
Aplicava ao pé da letra o lema de seu brasão: “Om caritate non ficta” – numa caridade não fingida. Na fase mais dura da repressão política, não temia denunciar e defender os direitos humanos.
Como bom filho do Concilio recebeu a dolorosa missão de quebrar as tradições barrenses e colocar a Diocese em ritmo do Concílio Vaticano II. Muito valorizou o trabalho do leigo, reservando-lhe um espaço dentro da organização ministerial da Diocese. Estimulou a criação do Conselho Diocesano e do Conselho de Leigo que se tornou referencia para a Igreja no Brasil.
Criou a FUNDIFRAN visando a promoção social, econômica, educacional, sanitária e religiosa do povo.
Criou o Serviço Social da Diocese de Barra. Foi um dos fundadores e membro do momento internacional de renovação da fé Pro Mundi Vitae em Bruxelas, na Bélgica.
Morreu na cidade de Barreiras, em 1976, durante uma de suas visitas pastorais. Foi transladado para Barra e enterrado na Catedral.
Foi Dom Tiago que acolheu Frei Luiz Flávio Cappio que chegou como franciscano itinerante em 1974 que, posteriormente, se tornara Bispo de Barra.
4º BISPO
Dom João Batista Muniz
Mineiro de nascimento pertenceu à Congregação Redentorista. Esteve à frente da Diocese de 1942 a 1966.
Fundou o Serviço de Erradicação da Malária (SEM), ideia abraçada pelo Minis-tério da Saúde que o transformou na SUCAM para todo o território nacional, combatendo a malária e a doença de Chagas. Em uma de suas campanhas ele mesmo contraiu a malária.
Promoveu o “Encontro dos Municípios”, reunindo prefeitos, secretários de Estado e Governador para debater os problemas da região. Criou as “Semanas Ruralistas” para o desenvolvimento econômico e social da região, incentivando a agricultura.
Fundou o Colégio Cristo Rei que prestou relevantes serviços à região com seu curso de contabilidade. Teve muito cuidado com as associações religiosas, criou a Legião de Maria na diocese.
Fundou a Congregação das Filhas de Fátima com a finalidade de catequisar e ajudar nas paróquias.
Era também um grande administrador, deixando a Diocese em boa situação financeira. Em seu tempo foram criadas as Dioceses de Juazeiro (1962) e Bom Jesus da Lapa (1962), desmembradas do território da Diocese de Barra.
Foi um grande missionário. Não mediu sacrifícios para visitar as paróquias e comunidades da diocese, que no seu tempo ia de Minas Gerais até Pernambuco. Utilizava todos os meios de transporte: vapor, canoa, barca, lombo de burro, jipe.
Participou do Concilio Vaticano II. Muito fiel às tradições, não se sentiu à vontade diante renovação exigida. Com toda humildade e reconhecendo suas próprias limitações, preferiu renunciar para que o seu sucessor pudesse iniciar o processo de renovação que o Vaticano II imprimiu em toda a Igreja.
Renunciou à Diocese em 1966 e a deixou em fevereiro de 1967, às vésperas de completar o jubileu de prata como bispo de Barra. Recolheu-se no convento dos Redentoristas em Belo Horizonte, onde veio a falecer em 1977. Seu corpo foi transladado para Barra e enterrado na Catedral.
3º BISPO
Dom Rodolfo das Mercês Oliveira Pena
Assumiu a Diocese de Barra em 1935, quando foi sagrado bispo.
Era muito comunicativo, mas discreto e sóbrio em tudo.
Teve dificuldades em se adaptar à região.
Concentrou seus trabalhos na sede. Realizou várias missões na cidade.
Grande incentivador das vocações. Cuidou de conservar muito bem tudo o que encontrou.
Construiu em mármore o altar da Catedral, a mesa de comunhão e o púlpito. Cuidou da conservação do patrimônio da Diocese. Colocou piso mosaico em todo o colégio Santa Eufrásia e no salão paroquial. Em janeiro de 1942 foi nomeado bispo de Valença, no estado do Rio de Janeiro, onde permaneceu até sua renuncia em 1960 quando retornou para sua terra natal, Entre Rios, RJ.
2º BISPO
Dom Adalberto Accioli Sobral
Foi o segundo bispo da Diocese de Barra e chegou em 1927. Nascido em Sergipe. Apesar da nobreza de seus antecedentes, era mito simples e humilde. Era a caridade em pessoa.
Contraiu tifo em 1932 sendo cuidado por Vitorio Martins dos Santos que também acabou contaminado pela doença.
Como pastor deu continuidade aos trabalhos iniciados. Sua ação pastoral se desenvolveu mais na sede. Expressava-se mais pelas ações do que pelas palavras.
Construiu o atual palácio episcopal.
Reabriu e construiu a parte da frente do colégio Santa Eufrásia, já sob a orientação das Irmãs da Imaculada Conceição.
Fazia muita caridade. Foi a “providencia” na grande crise de 1932. Passou o tempo fazendo o bem.
Em 1934, após sete anos à frente da Diocese de Barra, foi transferido para a Diocese de Pesqueira, em Pernambuco e logo depois foi nomeado Arcebispo de São Luiz, no Maranhão.