CNBB celebrou os 60 anos da Declaração Nostra Aetate com programação inter-religiosa em São Paulo





A Comissão para o Ecumenismos e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi uma das organizadoras do Simpósio Internacional que celebrou os 60 anos da Declaração Nostra Aetate, entre os dias 14 a 16 de outubro, em São Paulo. O evento reuniu lideranças religiosas e culturais, destacando o valor do diálogo, da escuta e da fraternidade entre as religiões.

O simpósio foi promovido em parceria com o Regional Sul 1 da Conferência, em parceria com a PUC-SP, a Casa da Reconciliação e diversas comunidades religiosas.

Conferências, visitas, momentos de oração e noites culturais reafirmaram o compromisso da Igreja Católica com a paz, a unidade e o respeito à dignidade humana, renovando o espírito da Declaração Nostra Aetate, publicada durante o Concílio Vaticano II, e que inspira o diálogo e a convivência fraterna entre os povos.

Construir pontes

O bispo de Ponta de Pedras (PA) e presidente da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB, dom Teodoro Tavares, ressaltou a busca por construir pontes, conforme desejos explicitados pelo Papa Francisco e agora pelo Papa Leão XIV. Para ele, o evento teve como objetivos fazer memória agradecida dos 60 anos da declaração e “sensibilizar as pessoas para a importância de construir uma sociedade cada vez melhor, mais fraterna, mais justa, mais solidária, onde as pessoas também possam viver na liberdade e construir a fraternidade”.

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Foto: Casa da Reconciliação/reprodução

Abrir o coração

O bispo destacou que é necessário estudar, conhecer o documento, rezar e pedir a graça da conversão, “porque muitas vezes também acontece de um certo radicalismo, a intolerância e é preciso que a gente abra o coração, a mente, o espírito para convivermos com as diferenças religiosas”.

“Nós vivermos um contexto de pluralismo e é preciso que haja essa tolerância, e inclusive a própria Igreja Católica a partir desse documento Nostra Aetate, a partir do Concílio Vaticano II, assumiu definitivamente a sua abertura ao diálogo inter-religioso, publicou esse documento no qual inclusive diz que a Igreja Católica não rejeita nada daquilo que há de verdadeiro e santo nas outras religiões e começa então, digamos, a fazer esse trabalho criando organismos da própria Cúria Romana e comissões. Graças a Deus, temos dado um passo muito interessante e significativo em termos de abertura, de diálogo inter-religioso, mas é um processo”, partilhou.

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Foto: Casa da Reconciliação/reprodução

O Simpósio teve a presença do arcebispo de Olinda e Recife (PE) e segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa; do arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer; do arcebispo de Passo Fundo (RS) e membro da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB, dom Rodolfo Weber, e do assessor da Comissão, padre Marcus Barbosa Guimarães.

Luiz Lopes Jr.

Fonte: CNBB

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